Texto originalmente publicado : https://thegreenestpost.com/
A polêmica medida da prefeitura da cidade de São Paulo de cobrar pelas sacolas plásticas oferecidas por supermercados já mostra seus primeiros resultados.
Um ano após sua implantação, o consumo de sacolinhas caiu em média 70%, segundo a Apas (Associação Paulista de Supermercados).
E o número pode ser ainda maior! É que, apesar da medida estar em vigor há um ano, o levantamento leva em consideração dados a partir de julho de 2015.
“O resultado mostra que o objetivo ambiental da nova lei, de aumentar o uso de ecobags e reduzir o volume de plástico por meio da conscientização, tem sido atingido”, acredita Carlos Corres, superintendente da Apas.
Antes da medida, cerca de 8,5 bilhões de sacolas plásticas eram consumidas todos os anos em São Paulo. Se a redução de 70% se manteve estável durante o ano todo, é possível afirmar que 595 milhões de sacolas plásticas foram poupadas.
As novas sacolinhas, verdes e cinzas, possuem 51% de matéria-prima renovável, como cana-de-açúcar e amido de milho, na sua composição.As cores indicam o tipo de material que pode ser descartado na sacola. A verde é para recicláveis, enquanto a cinza para resíduos orgânicos.
Segundo o projeto SP Cidade Gentil, “tão importante quanto separar, é colocar os recicláveis na calçada apenas no dia e horário da coleta seletiva da sua rua.
Quem ainda não é atendido pela coleta seletiva pode, caso deseje, levar os materiais para um Ecoponto ou Ponto de Entrega Voluntário”.
Além de resultar em uma importante redução no uso das sacolas plásticas, a medida foi fundamental para alertar a população a respeito da quantidade desnecessária de sacolas que estavam sendo utilizadas.
Algo que parece essencial para o dia a dia pode ser facilmente substituído — basta um pouco de boa vontade e conhecimento.
No entanto, fica o puxão de orelha para São Paulo: acabar com as sacolas plásticas não basta!
É preciso criar um sistema de coleta seletiva eficiente.
Foto: SP Cidade Gentil